Irrompe um Fandango com o violoncelo apelando à castanhola que bata o pé e se aventure na poeira da eira. E apartando-se da fogueira posta nos olhos em labaredas, avançam num frenesim louco, rasgando o que haja e soltando para se veja! Tocam-se as vontades, recuam, mirando-se de sobrolho. Sem pôr termo retoma-se a motivação e segue crescente o andamento que num contínuo não larga e deixa entrar um, vindo outro, e aqueloutro também. Acerca-se o ajuntamento de ardor cartesiano e a poeira nunca mais assenta até que o pathos esmoreça. Ode, ode de terra batida.
O voo das aranhas, por Andrés Monteagudo em www.jorgeshirley.com