sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Lavado em limão

Rábano talhado malmequer e comido num trago, olhava o pesadelo preso na viscosidade do prato, bramando contra a impotência, pelo descalabro de ser fundo e não se poder entornar. A insuspeita toalha ria-se, regozijava-se da sina alheia, alivando-se na sua intocável brancura.
Talhado malmequer, mas não tragado, despertou com o sonho que até si veio, lavado em limão.

Lavado em limão por Pontileon

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