(D. Catarina de Bragança por Jacobs Huysmans)
Não houve neve que caísse em Lisboa, quanto mais chuva. Nada choveu, ficando parvo o ceguinho com a promessa de tamanha esmola. Eu quero acreditar, mas está na reserva uma pequena dúvida. Não choveu mesmo nada. Valeu o secreto suculento para iludir a crença e animar o estômago.
E bom, é ver o vison, une fourrure très tendance, a passarelar pelas calçadas, com este frio aconchegante que tanto o dignifica. Mas digamos que é ridículo pô-lo com estas poses em meados de setembro, tantas vezes assim passa, quando nem a primeira folha se largou.
É tal e qual os coquetes laçarotes que embrulham o rossio de D. João IV, antes fossem os que tão bem levava D.Catarina, sua filha. Há que tomar chá,... como dizia a senhora.